Grave o seu nome, seu traço e reconheça a sua cor preferida. Num instante seguinte, mude de cor e de traço; se quiser, mude até a forma como desenha o seu nome. Descubra a liberdade de se transformar e de fazer a sua própria história”.

Helio Rodrigues


domingo, 27 de março de 2011

EXPERIÊNCIA ÚNICA

Não sei se foi a arte ou a mistura social promovida dentro do Centro cultural Banco do Brasil que trouxe mais benefícios para os nossos jovens durante aquela visita. Quem sabe os dois, já que em algum ponto arte e diversidade sempre convergem.
A verdade é que não podíamos perder aquela oportunidade. Havia muita coisa em comum para ser descoberta pelos nossos alunos nas gravuras e desenhos de Escher.
Embarcamos então no ônibus fretado pela Farmoquímica (empresa patrocinadora do projeto no Jacarezinho)rumo ao CCBB. Ao chegarmos lá, as salas de exposição estavam tão cheias que tivemos que esperar no hall dos elevadores junto a um grupo de alunos de uma escola da elite carioca. Percebemos então, que ali já começava a visitação.
Os jovens do projeto pouco saem de suas comunidades, talvez por isso seus olhares pareciam ter encontrado seus pares vindos de outro planeta. Alguns minutos de exploração visual, contemplação, insegurança e por fim entraram os dois grupos quase juntos.
Já na primeira sala tentei mostrar alguns aspectos que julgo importantes na obra do artista, mas de repente percebi estava atuando como guia para pessoas que não faziam parte do projeto. Os “cabelos que balançam” de algumas alunas da tal escola, roubaram a cena do Escher e a minha consequentemente.
Calma Helio, não foi em vão! Tive que repetir várias vezes essa frase no pensamento, quase como um mantra.
Só percebi a importância daquele encontro sócio-cultural algumas horas depois. De qualquer forma, Escher não se manteve em segundo plano por muito tempo. Ufa! Nas salas seguintes ele conseguiu capturar os olhos sensíveis da galera. O encontro agora parecia ser com eles mesmos. Seus olhares iam sendo instigados para viajarem e descobrirem suas múltiplas perspectivas. A metamorfose, o dentro, o fora e a infinitude da fita de Moebius, apresentaram novos caminhos e possibilidades de transformação e conquista.
Quando voltávamos para a Farmoquímica, o lanchinho dentro do ônibus e um silêncio inesperado parecem ter ajudado a acomodar dentro deles aquela experiência única.

4 comentários:

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  2. Só percebi a importância depois também! Com certeza eles aproveitaram a experiência!Temos que fazer mais visitas assim pois ajuda muito o nosso trabalho em relação a transformação dos olhares! Juliana Rangel

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  3. Ah, como eu gostaria de estar lá...adoro esses encontros!!!!

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  4. Não posso mentir...você ia gostar muito. Acredito que ainda vamos trabalhar juntos Fernanda!

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TRANSFORMAÇÃO DAS ARMAS